ASSALTO
AEROTERRESTRE
Tropas
pára-quedistas não era um conceito novo na
Segunda Guerra Mundial, nem
a blitzkrieg que já tinha sido usada por
Napoleão. Quando Napoleão era
adolescente, Benjamim Franklin previa o uso de balões para
levar tropas
na retaguarda inimiga. Em 1783, Napoleão pensou em usar
balonetes para
invadir o Reino Unido. O Coronel Billy Mitchel pensou em treinar uma
divisão pára-quedistas (não
voluntários) na Primeira Guerra Mundial.
Seriam lançados de bombardeiros com cada um com um grupo de
combate.
Atuariam junto com uma ofensiva terrestre e seriam supridos pelo ar e
com a aviação cortando o contra-ataque cobrindo
as estradas. Os estudos
foram sérios, mas a guerra acabou bem antes. Billy Mitchell
foi
ridicularizado, junto com a idéia de bombardeiro de
mergulho, mas não
na Alemanha.
A Segunda Guerra Mundial
introduziu um novo
meio de guerra de manobras com as tropas aerotransportadas com os
exércitos tendo a capacidade de explorar o "flanco vertical"
do
inimigo, com grandes unidades podendo ser inseridas de
pára-quedas,
planador ou aeronave atrás das linhas inimigas
(operações
aeroterrestres). Esta ideologia de operações
aeroterrestres foi
praticada inicialmente pelos soviéticos, mas foram os
alemães que
colocaram em pratica.
O desenvolvimento das
aeronaves,
planadores e dos pára-quedas fizeram o sonho do assalto
aéreo, ou
operações aeroterrestres, se tornarem uma
realidade. As táticas
variavam de uma nação para outra e nos teatros de
operação.
Inicialmente era esperado o uso apenas em incursões devido a
limitação
das aeronaves e dificuldade de comando & controle e
logística de
grandes operações.
Operações de reconhecimento de longo alcance era
uma
opção estudada mas na época
não havia bons radio leves de longo alcance.
A
opções de uso se tornaram mais ambiciosas com uso
de tropas em nível de
batalhão para tomar pontos chaves com pontes,
entroncamentos, bases
áreas para apoiar o avanço e atrapalhar o
reforço inimigo. Os aliados
atuaram assim na Europa em uma grande frente.
Operações desta escala
deveriam durar 3-5 dias e atuar de forma independente. Usariam apoio
aéreo aproximado no lugar de artilharia. O
Alemães atuaram assim na
Noruega e Creta para tomar bases aéreas até o
chegar reforços. Os
aliados realizaram este tipo de missão no
Pacífico em Nadzab em 1943. O
assalto no forte de Eben Emael foi uma das melhores
operações do tipo e
todas as operações na Segunda Guerra tiveram
sucesso e incluía o uso de
aerobarcos em assaltos com pouso em rios.
O Reino Unido
realizou incursões com tropas pára-quedistas na
França com sucesso. Os
russos usaram unidades maiores em operações na
Finlândia também com
sucesso. A experiência pratica mostrou que as tropas do tipo
Comandos
eram melhores para realizar incursões enquanto os
pára-quedistas eram
melhores para operações decisivas de larga escala
com tamanho de pelo
menos um batalhão para tomar objetivos chaves até
chegada de tropas
convencionais. Tropas em pequeno número não podem
cumprir estas missões
que precisam de muito poder de fogo.
Os alemães
estudaram
vários conceitos de uso de pára-quedistas. Um era
atuar atrás das
linhas, "cortando a cabeça para enfraquecer o corpo". Esta
doutrina foi
usada na Holanda e Dinamarca em 1940 com sucesso. Na
função de
seqüestro foi usado com Mussolini e contra Tito. Foi pensado
no uso de
pára-quedistas para tomar objetivos chave como pontes para
as unidades
Panzer passar antes de serem demolidas. Foi usado na Holanda,
Bélgica e
com sucesso parcial na Grécia. A quarta doutrina seria tomar
bases para
uso da Luftwaffe para aumentar o alcance e levar tropas para aumentar a
cabeça de ponte aérea. Foi usado na Noruega,
Dinamarca, Holanda e
Creta. Outra função seria criar uma frente
não esperada pelo inimigo
sendo usada em Creta mas os aliados sabiam onde e como seria esta
operação. Os aliados aplicaram esta
última doutrina na Normandia.
Os
russos dividem as missões aerotransportadas em profundidade
e
importância do objetivo. As operações
estratégicas ocorrem a mais de
500km, para demonstração de força,
atacar centros políticos e
industriais, portos, bases aéreas ou isolar um membro de
coalizão. As
operacionais ocorrem a até 50km como
liberação nuclear, atacar
quartéis, pontes, desfiladeiros e bloquear a fuga inimiga.
As operações
especiais ocorrem entre 50 a 500km como liberação
nuclear, demonstração
de força, fogo premeditado e apreensão de meios.
O uso de
tropas aerotransportadas tem muita vantagens. Pode ultrapassar
rápido a
frente de batalha podendo ser posicionado em áreas
não acessíveis por
terra; pode atravessar obstáculos como rios e até
oceanos; podem evadir
fortificações para prevenir ataque de uma
direção especifica; tem
capacidade de profundidade, velocidade e surpresa, principalmente
operando na retaguarda que é difícil de defender.
A retaguarda inimiga
tem uma grande área, com as tropas dispersas, com tropas de
reserva
menos treinadas, pouca defesa aérea, e as forças
de reação são poucas,
com muitas oportunidades de explorar fraquezas do inimigo. O inimigo
fica sempre forçado a espalhar suas defesas para proteger
áreas
normalmente seguras pela geografia.
A ameaça de um
assalto
aéreo tem efeito devastador no inimigo levando a
dispersão de defesas
na retaguarda e aliviando as tropas de frente, já sendo uma
justificativa para a sua existência. É a vantagem
de poder ser
inseridas atrás das linhas em qualquer lugar e sem muito
aviso. O
tamanho da formação é limitado apenas
pelo núumero e tamanho das
aeronaves. Uma unidade pára-quedista pode aparecer em
qualquer lugar em
minutos (envolvimento vertical). Um cargueiro C-17 auxiliado por
reabastecimento em vôo permite atingir qualquer lugar do
mundo.
As
tropas aerotransportadas podem ser usadas na defesa para
reforçar,
realizar ataques divisionários em uma
operação maior, inquietação
de
retaguarda e ajudar em um contra-ataque. Os britânicos citam
a opção de
reforçar o sucesso ao invés de só
apoiar tropas com problemas.
As
operações pára-quedistas têm
muitos pontos negativos. As tropas ficam
muito vulneráveis quando estão descendo; depois
do pouso ainda estão
muito desorganizadas levando tempo para se reagruparem; só
tem
mobilidade a pé após o salto apesar de serem
muito móveis no ar; para
apoio de fogo praticamente só tem o apoio aéreo
aproximado e é difícil
de serem reforçadas ou ressupridas. Atuando junto com
operações
terrestres as operações aerotransportadas
são muito difíceis de
coordenar com o avanço pois precisam de muito planejamento
antecipado.
A necessidade da missão pode deixar de existir antes de
ficar pronta
para ser levada adiante.
As tropas
aerotransportadas podem
ser apoiadas pelo ar com apoio aéreo, reforço e
munição. Isto é
importante pois a duração e profundidade da
ação são outra
limitação
dos pára-quedistas. Os pára-quedistas
não levam suprimentos e
equipamentos para operações de combate
prolongadas, usando a cabeça
ponte aérea para receber reforços e realizar a
ocupação de longo termo.
As aeronaves atuais são muito mais capazes podendo
lançar cargas mais
pesadas como canhões, veículos, suprimentos e
blindados superando os
problemas das primeira aeronaves usadas nas
operações aeroterrestres.
As
tropas pára-quedistas são pouco capazes em
mobilidade e poder de fogo e
tem muito pouca capacidade contra uma divisão blindada.
São poucas as
armas para esta contingência, mas é um problema
para toda divisão de
infantaria leve. Desde a Segunda Guerra Mundial que as tropas
pára-quedistas tem melhor valor quando usadas contra um
inimigo já
debilitado ou operações periféricas.
Os alemães só tiveram sucesso com
pára-quedistas na Holanda e Bélgica em 1940.
Depois falharam ou sem
impacto decisivo. O sucesso inicial foi contra inimigos fracos ou sem
interesse. Em Arnhein os britânicos fracassaram devido a
presença de
uma divisão Panzer no local que não era conhecida.
As forças
pára-quedistas russas, ou VDV (Vozdushno-Desantnye Vojska),
foram
pensadas para a função de
operações em profundidade como tomar uma
cabeça de ponte aérea para a chegada de uma
coluna mecanizada. Na
realidade não se esperava que realizessem este tipo de
missão em um
cenário como o da Guerra Fria. A VDV é pensada
mais guerra fora da
Europa e não contra a OTAN. Em 1968 tomaram o aeroporto na
Tchecoslováquia e sua liderança local. Em 1979
foram a força de frente
na invasão do Afeganistão e depois eram o eram
centro da força
antiguerrilha local. Os problemas internos na Rússia
também eram
resolvidos com a VDV se as forças locais não
derem conta. Como outras
unidades de infantaria leve a VDV era pensada para conflito de baixa
intensidade.
As tropas de assalto
aéreo russas VDV é uma
força semi-independente do Exército Russo.
Atualmente são cinco
divisões pára-quedistas e oito brigadas de
assalto aéreo. São formadas
pelos recrutas de melhor desempenho em termos de preparo
físico e
liderança. O tamanho das unidades é menor que as
forças motorizadas ou
blindadas e mais parecidas com as tropas mecanizadas americanas.
São
tropas de infantaria leve, capazes de operar como força
mecanizadas com
seus BMD.
Poucas
nações que tem unidades pára-quedistas
esperam
usar em assalto aeroterrestre, mas para cumprir missões que
outras
unidades não conseguem realizar como citado anteriormente.
Os
pára-quedistas são questionados como um tipo de
tropa absoleta com o
aparecimento do helicóptero, mas ainda tem a capacidade de
voar meio
mundo e nem precisa de bases avançadas frente de combate. Os
EUA
passaram a usar suas tropas pára-quedistas como
força de resposta
rápida, apoio a ONU, e conflitos de média e baixa
intensidade. As
tropas blindadas e mecanizadas se concentram em conflitos de alta
intensidade.
TÁTICAS
As tropas
aerotransportadas devem ser muito bem treinadas, bem equipadas e bem
lideradas. Os alemães treinavam muito a iniciativa e
trabalho em
equipe. A iniciativa era necessária pois podem estar
espalhados e
provavelmente superados e devem se juntar para não serem
massacrados. O
treinamento físico era necessário para ter
velocidade e conseguir
sustentar a luta até o reforço chegar.
As missões
dependem
de muito planejamento e inteligência do objetivo, terreno,
inimigo e
meteorologia. A força deve ter superioridade local pelo
menos, e depois
devem ter garantia de receber ressuprimento, reforço e apoio
aéreo
aproximado. Uma operação aeromóvel
(helicópteros) ou aeroterrestre
(pára-quedista) de vulto sempre exige a superioridade
aérea no local e
no itinerário.
As tropas
alemães eram brifadas sobre todas
as características da missão para poder continuar
a missão se o líder
for morto ou ferido. A mentalidade do "need to know" ocidental leva a
tropa a esperar se o líder for morto e perdem a vontade de
lutar. Os
alemães ficam mais ligados a missão que a
unidade. Não se importam se
ficam isolados ou se algo der errado. Os oficiais não
consideram um
problemas se as tropas pensam por si ou se desobedecem ordens. A
mentalidade do "need to know" favorecia os prisioneiros americanos que
não sabiam informar nada.
A
execução do salto é complicada.
Precisa de treino, ensaio, saltos de pratica,
coordenação com
transporte aéreo, planejamento de rota, coleta de
inteligência, seleção
da zona de desembarque e área de reagrupar, planos
táticos, preparação
do equipamento, movimento para o aeroporto, meios de despistamento,
estudo da meteorologia, atualização constante do
plano, e carregamento
nas aeronaves. Geralmente estes passos são os mesmo desde
pequena até
grandes unidades.
A meteorologia
é importante pois um
nevoeiro não deixa encontra a zona de salto e com ventos
acima de
25km/h não é seguro saltar. Ventos a grande
altitude atrapalhava a
navegação da aeronave.
Os
pára-quedistas usam a surpresa
para conseguir superioridade local e temporária sendo muito
necessária
por só terem armamento leve. Conseguir surpresa é
relativamente fácil
com as tropas pára-quedistas pois o inimigo não
tem condições de
proteger todos os alvos em potencial ou ter reservas móveis
para
contra-ataque. Despistamento pode ser feito com ataque em alvo
próximo
por aeronaves de ataque. As operações
alemãs em 1940 tiveram sucesso
mais devido a surpresa pois as tropas estavam muito espalhadas ou muito
fracas. Onde a oposição estava alerta tiveram
muitas baixas e com
sucesso marginal. O mau tempo atrapalhou mas só podiam rezar
a respeito.
As
aeronaves de transporte têm que voar próximas para
não dispersar as
tropas e facilitar a navegação. O
lançamento tem que ser feito em uma
velocidade e altitude correta. O tipo de formação
vai depender do
tamanho da zona de salto. Na formação em "V" fica
fácil não atingir
avião do lado que fica 15 metros mais alto quando mais
próxima.
Os
alemães lançavam seus pára-quedistas a
cerca de 90 metros para ficar
pouco tempo no ar. Com uma aeronave voando a 6 metros por segundo e com
um salto a cada segundo, os pára-quedistas ficavam 15m
separados no ar.
Um grupo de combate de12 tropas ficava separado em uma faixa de 200
metros ao chegar no solo. No assalto ao canal de Suez em 1956 os
Noratlas franceses permitiam lançar 17
pára-quedistas em dez segundos
ficando dispersos em 800metros enquanto os Hastings
britânicos levava
vinte segundos para lançar quinze tropas e dispersos no
dobro da
distância.
O salto a baixa altitude
e abertura a baixa
atitude (LALO - Low Altitude Low Opening) e o salto enganchado
convencional (Low Level Static Line - LLSL ou MAMO - Medium Altitude
Medium-Open) são realizados entre 250-400 metros. O
pára-quedas abre
logo após o salto automaticamente. A aeronave voa em uma
altitude
vulnerável ao radar e a maioria das armas no MAMO.
O método
Low Altitude Low Opening ou LALO é muito perigoso com o
salto sendo
realizado a cerca de 160-200 metros. É uma
variação do MAMO mas com a
aeronave voando mais baixo. Não é
possível usar o pára-quedas reserva
se o principal falhar. O LALO é usado em locais onde as
defesas locais
são intensas com risco da aeronave e dos
pára-quedistas serem
atingidos. Novos pára-quedas tipo Low Level Parachute
permite salto
enganchado a 85 metros.
O lançamento
operacional é
feito geralmente entre 150-200 metros para diminuir a
exposição e
dispersão. As tropas no solo são proibidas de
disparar contra os
pára-quedistas no ar, mas caem relativamente
rápido e são um alvo
pequeno e móvel difícil de acertar. As baixas
são relativamente poucas.
Levam cerca de 20-30s para cair de uma altitude de 150-200m. A maior
preocupação são arvores, fios de alta
tensão e prédios. As tropas
recebem flutuadores para o caso de caírem em água
profunda.
A
zona de salto é ditada pelo alto comando com o planejamento
no objetivo
feito pela unidade, mas coordenado com o avanço da tropa em
terra em
avanço. Os pára-quedistas não podem
explodir qualquer ponte que depois
deve ser usada pelas forças amigas. A escolha da zona de
salto depende
do tamanho das áreas disponíveis,
obstáculos no local, proximidade do
inimigo, defesas e bases aéreas próximas,
proximidade com cidades,
facilidade de identificação, distância
do objetivo, proximidade de
cobertura e proteção, áreas para
reagrupar, estradas que podem ser
usadas por forças em terra. O alvo pode ser atacado
diretamente
(overhead assault) ou com os pára-quedistas sendo
lançados próximos e
atacam por terra.
A distância do
objetivo, obstáculos e
terreno são importante pois as tropas
pára-quedistas avançam a pé
após
o salto. As vezes é melhor saltar direto no alvo, mas
geralmente é
feito em incursões contra alvos pouco defendidos.
Próximo do alvo e
fora do alcance das armas leves é mais desejado. A
experiência de
saltos longe do alvo sempre leva o inimigo a bloquear o
avanço ou
atrasando a operação. As vezes é
melhor ter perdas maiores perto do
alvo que saltar longe do alvo. No chão as tropas se juntam e
seguem
qualquer oficial. Não há tempo para se organizar
e por isso devem saber
o objetivo próprio e dos outros de cor. Os postos de comando
na
Alemanha era ditada mais pela capacidade que pelo tempo pois os
alemães
sempre consideravam na possibilidade dos oficiais serem feridos e
substituídos por outros. Os comandantes também
ficam bem na frente de
batalha pois não há retaguarda.
No assalto a ilha de
Creta
os alemães usaram o conceito de "ink spot"
lançando pequenas unidades
do tamanho de pelotão, compania ou batalhão em
uma grande área para
tomar vários objetivos ao mesmo tempo, ao contrario das
tropas
convencionais que sempre concentram unidades. Funcionou na Holanda e
Bélgica onde havia pouca oposição.
Primeiro foi pensado em concentrar o
assalto na capital e garantir reforço e concentrando o apoio
aéreo
aproximado, depois varrendo o resto da ilha, mas os
britânicos podiam
retomar a outra ponta da ilha e reconquistar.
Na Normandia
os pára-quedistas foram lançados primeiro para
cobrir os flancos e
tomar pontes para evitar reforços e deixar as tropas amigas
avançarem.
As tropas ficaram muito dispersas e não cumpriram todos os
objetivos,
mas criou muita confusão nos alemães. Achavam que
era um ataque
divisionário ou tropas muito superiores por estarem
espelhadas em uma
grande área.
Uma
lição dos ataques a Normandia e
Sicília é
que ao invés de atacar tudo que encontra, principalmente
forças
superiores, as tropas podem ir para um objetivo
pré-planejado e
encontrar companheiros para completar um objetivo principal ao
invés de
ter perdas com alvos sem sentido, mas com opção
de pequenos grupos
atacar tropas pequenas, cortar cabos telefônicos, e emboscar
mensageiros para atrapalhar as comunicações.
Os saltos podem
ser noturnos ou diurnos. Na Segunda Guerra Mundial os saltos noturnos
mostraram ser problemáticos. Em 1940 uma aeronave podia se
desviar 7km
a cada 100km de vôo durante a noite. A precisão
era mais importante que
a segurança que a noite oferecia contra a artilharia
antiaérea e as
baixas são maiores quando as tropas atingem o solo. As
tropas também se
reagrupam mais facilmente. O risco de lançamento diurno
mostrou ser
menos arriscado, sendo mais fácil localizar a zona de salto
e evitar
acidentes com os planadores. Um salto no sul da França foi
diurno com
90% das tropas caindo no objetivo contra poucos na Normandia. A
operação Market Garden também teve
sucesso por ser de dia, mas uma
Divisão Panzer estava no meio do caminho entre as tropas de
reforço e
os pára-quedistas. Por outro lado o ataque noturno na
Normandia
atrapalhou a linha de comando alemã e fez pensarem que era
uma força
muito mais numerosa que o real. As incursões continuaram
sendo a noite,
mas os saltos de grandes formações passou a ser
só de dia. Atualmente o
GPS e os óculos de visão noturna tornaram o salto
noturno a melhor
opção a não ser que seja realmente
desnecessário. Os japoneses só
saltavam de dia.
Apos o salto na
Sicília os EUA e Reino
Unido criaram os precursores para marcar as zonas de salto. Eram
lançados por pilotos muito bem treinados em
navegação para lançar no
local certo. O salto em Creta mostrou que o reconhecimento da zona de
salto também era muito importante. Os alemães
saltavam sempre "cegos"
sem o uso de precursores.
Uma
equipe de Combat Controller Team (CCT) fazendo
aquisição de alvos para
aeronaves de combate que é outra
função dos precursores.
As
tática de engajamento são iguais as da infantaria
comum quando chegam
ao chão, mas os pára-quedistas compensam a falta
de armas pesadas de
apoio com agressividade. Sempre esperam lutar contra forças
superiores
e cercados. Sempre se preocupam com os flancos e retaguarda mais que a
infantaria comum com as tropas de reservas e posto de comando cuidando
da retaguarda e flancos. Apos atingir um objeto as tropas se deslocam
para outro ou preparam defesas até chegar tropas
convencionais de
reforço. As vezes fazem patrulhas agressivas como meio de
defesa.
As
operações aeroterrestres têm algumas
regras para funcionar direito. As
operações precisam de reforço
rápido, pelo ar, terra ou mar. O salto em
Creta quase falhou pois o reforço pelo mar não
chegou pois lutaram
contra força muito superior, estimada ser inferior. A
operação Market
Garden falho por isso. Logo foi observado a necessidade de uma
artilharia pára-quedista. Com baixas de 20% só em
mortos em Creta os
alemães só realizaram seis
operações pequenas de incursões com no
máximo um batalhão. Os Aliados tiveram
conclusões contrárias e
prepararam saltos maiores como o Dia D. As
operações aeroterrestres
geralmente dão certo e quando bem empregadas e
são muito eficientes,
com as falhas relacionadas com inteligência insuficiente,
como inimigo
mais forte que o esperado, ou sem conseguir surpresa, mau tempo,
navegação ruim, e falha nos rádios.
O uso de
pára-quedas
pode ser custoso em perdas, e duvidoso com a
opção de usar
helicópteros. As vezes é usado apenas como rito
de passagem ou símbolo
de prestigio. A Divisão pára-quedista
alemã sabe que nunca vai ser
usada nesta função sendo apenas uma unidade
anti-blindada transportada
por helicópteros. Salta mais para
operações independente de pequenas
unidades.
O risco de morte nos
saltos de pára-quedas é de
cerca de 1% e de ferimento de 4%. O risco é pior a noite,
pouso em
florestas e montanha. Na selva é levada uma corda extra para
descer das
árvores e roupa especial para evitar ferimento. Na
invasão da ilha de
Creta os britânicos descobriram o plano e tinham tropas
esperando nas
zonas de alto. Mesmo assim os alemães conseguiram
vitória mas as
grandes perda inibiu operações semelhantes pelos
alemães pensando que
os aliados sabiam como se defender, mas não pelos aliados
que se
impressionaram com o feito e não sabiam das grandes baixas
(mas sabiam
o motivo das baixas), estimulando o desenvolvimento de grandes
forças
de tropas pára-quedistas e planadores.
Na Segunda Guerra
Mundial os pára-quedistas deveriam ser retirados de combate
depois de
atingir seus objetivos, ou ser substituídos por tropas
convencionais, e
se preparar para outras missões. Porém, esta
regra raramente era
seguida, com as tropas continuando a campanha como uma unidade
convencional. Por isso passaram a ter armas e equipamentos de
infantaria
comum incluindo blindados, e até atuam como força
anfíbia. Depois da
Normandia os pára-quedistas americanos passaram a realizar
missões
secundárias como tomar aeroportos, ataques
diversionários, reforçar
tropas cercadas ou em perigo, tomar ilhas não
acessíveis por outros
meios e dispersar tropas inimigas pela presença.
Os
pilotos das aeronaves de transporte devem ser muito bem treinados para
operações aeroterrestres (lançamento
de tropas e suprimentos). É a
mesma dificuldade das aeronaves de ataque, mas operam em aeronaves bem
maiores e mais lentas.
Os
primeiros pára-quedas eram brancos e chamavam a
atenção de aeronaves no
ar, dando indicação do tamanho das tropas ou
atacavam o local. Passaram
a ser verde ou mais escuros. Os pára-quedas brancos ainda
são usados em
treinamento. Outras cores são usadas para identificar
lançamento de
cargas como armas e suprimentos. Os pára-quedas redondos
são difíceis
de controlar enquanto os retangulares tipo "ram-ar" são
muito
manobráveis, mas os convencionais são mantidos
pois não se quer que as
tropas se espalhem ainda mais.
ARMAS
E EQUIPAMENTOS
As
armas das tropas pára-quedistas tem que ser leves, mas para
uma força
pequena não compensa desenvolver uma arma
própria. Geralmente são
modificações como cano mais curto e/ou coronha
dobrável. As armas
pesadas são desmontadas e as vezes são
difíceis de remontar e
danificadas facilmente. As peças ficam dispersas e podem ser
difíceis
de encontrar.
As tropas
pára-quedistas são muito móveis no
ar, mas lentas em terra. Levam mais carga que a infantaria convencional
e não tem cauda logística nem unidade de
transporte orgânica, sendo
inadequadas para operações convencionais.
São unidades menores, menos
armadas, com menos apoio de fogo e menos equipamentos de transporte.
Como
as unidades se movem rapidamente os rádios tem que ser leves
para
enviar a posição continuamente ao posto de
comando. A operação
Market-Garden teve vários problemas devido a falha dos
rádios durante o
salto que se quebraram. Os alemães foram os primeiros a
equipar a
infantaria com rádio. Antes só equipavam os
blindados. Isto facilitou
que a infantaria acompanhasse os blindados e podiam chamar artilharia
em 15-20 minutos.
Os blindados das tropas
pára-quedistas
estão disponíveis sempre em pequeno
número e por isso são de uso
discutível. Custa caro desenvolver um blindado leve que vai
ser
produzido em pequena quantidade. Exemplos de veículos
modernos lançados
do ar são o M-113 americano, o BMD russo, o Wiesel 1
alemão e o Bv206
sueco, usados pelas unidades aeroterrestres mecanizadas para dar
mobilidade no solo.
O país que
mais usa blindados nas tropas
pára-quedistas são os russos. Os
pára-quedistas russos iniciaram suas
operações com o ASU-76 e depois o ASU-57 na
década de 1950. Cada
regimento pára-quedista tinha nove blindados. Durante o
salto usavam
retrofoguetes para desacelerar no fim da queda que era iniciado por
contato com sonda. O ASU-85 era um caça-carros que entrou em
serviço em
1960. Era lançado de aeronaves AN-12. Depois surgiu o
transporte
blindado BMD em 1970 que era uma versão leve do BMP e passou
a equipar
todas as divisões pára-quedistas com 320
blindados BMD cada. O BMD
tomou o lugar do ASU-57. Era muito apertado, tinha um canhão
automático
de 73mm de baixa pressão com 40 tiros e dois
mísseis AT-3 acima do
canhão. O BMD dava muitos problemas mecânicos.
Já o BMD-1M da década de
1980 tinha um canhão de 30mm e lança
mísseis AT-4 (não é o lança
foguete AT-4) e pode ser levado pelo helicóptero pesado Mi-6
e Mi-26.
Cada Divisão de Assalto Aéreo Mecanizada russa
tinha 6.500 homens e
precisa de 639 saídas de aeronaves IL-76, sendo que apenas
60% era para
lançar as tropas e o resto para lançar 17
blindados BMD e outros oito
blindados e veículos motorizados. Os
pára-quedistas russos podem operar
sem equipamento pesado em algumas situações. A
divisão tinha duas
Brigadas com 4 batalhão cada, sendo que apenas dois
batalhões eram
equipados com o BMD. Além de pára-quedistas
podiam ser transportados de
helicópteros sendo necessário 40
saídas de Mi-8 e 125 de Mi-6 ou Mi-26
para transportar cada batalhão. Sem usar blindados precisa
de 75 saídas
de Mi-8 e 35 de Mi-26.
Um lançamento
de um BMD chinês a partir de um IL-76.
OPERAÇÕES
Os
pára-quedistas britânicos, ou PARAs, foram criados
na Segunda Guerra
Mundial e iniciaram suas operações com pequenas
incursões. A incursão
contra o aqueduto de Trajano na Itália em 1941 foi realizada
por seis
bombardeiros Whitley com exfiltração planejada
por submarino. As tropas
levariam quatro dias a pé para cruzar a distância
de 80km no terreno
montanhoso até a praia. Todos foram detectados por civis e
capturados.
Mesmo se conseguissem chegar a praia não encontrariam o
submarino que
fugiu após uma aeronave cair próximo. O efeito
militar foi pequeno, mas
efeito moral foi alto, e baixou o moral dos italianos.
Na
incursão a estação de radar em
Bruneval em 1942 por uma compania dos
Paras tinham a missão de desmantelar um radar e levar de
volta ao Reino
Unido. A Royan Navy faria a extração com a RAF
dando cobertura. A
operação obteve sucesso levando partes e
fotografando o resto. Um
"stick" pousou 2km fora do alvo o que mostrou a necessidade de
navegação precisa.
Na incursão
contra a hidroelétrica de
Norsk na Noruega em 1942, 30 sapadores foram lançados de
planadores.
Dois planadores caíram ferindo a maioria e não
tiveram sucesso. Nesta
missão usaram um beacon solo pela primeira vez plantado por
colaboradores locais.
Na
Operação Husky na Sicília foram
usadas quatro unidades em um pouso noturno com tropas
britânicas e
americanas. O vento desviou as aeronaves da rota e muitas tropas
ficaram espelhadas. Metade tropas não atingiu o ponto de
encontro. Os
planadores britânicos tiveram mais sucesso. Depois mais 5 mil
tropas
foram lançadas para reforçar a cabeça
de praia após um contra-ataque
alemão.
A
operação Market-Garden em 1944 teve o
lançamento
de 35 mil tropas pára-quedistas lançados 150 km
atrás das linhas para
capturar pontes na Holanda. A operação foi mal
planejada e mal
executada, com planejamento muito rápido. O salto foi diurno
com pouca
oposição inicial. Não sabiam da
presença de uma Divisão Panzer no local
que levou ao fracasso da missão.
Depois da Segunda Guerra
Mundial foi cobrado que todos os oficiais do US Army fossem qualificado
em pára-quedismo. Queriam até que todas as
Divisões fossem
pára-quedistas, mas era impraticável.
Em 1954 a vila de Diem
Bien Phu no Vietnã foi tomada por um assalto
pára-quedistas por três
batalhões de franceses. Depois foi reforçado com
16 mil tropas que
seriam apoiadas por ar com reforço, suprimentos e apoio
aéreo
aproximado. Ho Chi Min entrou no jogo enviando 50 mil tropas para
cercar o local. Era o que os franceses queriam concentrando as
forças
inimigas em uma grande batalha. O problema é que os
vietnamitas
conseguiram transportar artilharia na selva e colocar ao redor.
Destruíram as pistas e posições
francesas mal preparadas para esta
ameaça. Os franceses acabaram vencidos.
Preparo para o saldo de
pára-quedistas franceses a partir de um C-160.
Em
1956 a brigada pára-quedistas israelense 202 saltou no Passo
de Mitla
com 16 Dakota lançando 356 pára-quedistas. O
resto da Brigada chegou ao
local por terra. O objetivo era cortar um dos pontos de
avanço das
tropas Egípcias e evitar que comandos inimigos tomassem o
local.
A
Guerra do Vietnã variou de guerra de guerrilha a combates
convencionais
de alta intensidade, luta por cidades, e combates
multi-divisão. A 82a
Divisão Pára-quedistas foi deslocada para o
país atuando na maioria das
vezes como tropas convencionais atuando como força de
resposta rápida
após contato de outras tropas com o inimigo e emboscadas com
grupos de
combate e pelotão. Outras subunidades faziam reconhecimento
e ação
direta. Os pára-quedistas mostraram ser agressivos, e pela
natureza das
operações, com altas perdas por isso. Realizaram
um salto operacional,
mas algumas fontes citam que foi mesmo para falar que fizeram, pois
podiam ir de helicópteros, apesar de poucos
disponíveis. A Divisão
responde que os helicópteros estavam ajudando outro
batalhão e a
velocidade era necessária para cercar o inimigo. O salto foi
na
operação Juncion City em 1967 com 20 C-130
lançando 845 pára-quedistas.
Outro salto operacional foi realizado com mais de oito
batalhões.
O
pára-quedas é o principal método de
inserção dos Ranger. Seus membros
têm que saltar pelo menos a cada três meses. As
unidades ficam
espalhadas em várias aeronaves. Depois se reagrupam em local
determinado. Se uma aeronave for derrubada a missão
não é comprometida.
Ao chegarem ao chão leva cerca de 30 minutos até
as tropas se
reagruparem e iniciar o movimento até o alvo. As mochilas
dos Rangers
são mais pesadas que a das tropas pára-quedistas
e saltam das duas
portas dos C-130 (técnica shotgun). Se pousar em cima de
arvore o
Ranger só tem granadas para se defender pois as armas ficam
em
containers separados. O mestre de salto é
responsável por brifar sobre
a zona de desembarque (DZ), vento etc.
Em 1983, durante a
invasão da ilha de Granada, os Rangers foram destacados para
tomar o
aeroporto de Point Salinas no sul da ilha. Os Seals não
conseguiram
fazer reconhecimento da pista de pouso e das defesas para saber se era
possível um pouso de assalto. Um AC-130 fez reconhecimento e
percebeu
que a pista estava bloqueada. Apenas uma compania iria saltar de
pára-quedas, mas acabou que todos saltaram. Os 250 Rangers,
que levavam
apenas água e munições, estavam
espalhados em 10 MC-130 apoiados por
três AC-130 Spectre. Os AC-130 limparam as defesas que eram
maiores que
os esperado. Os canhões antiaéreos no local
estavam em posição elevada
e como não podiam atirar para baixo, ou a 200 metros no
local, o
lançamento seria então a 150 metros de altura. Em
um lançamento a
baixíssima altitude nem adiantaria levar o
pára-quedas reserva. No
preparo da missão era esperado tempo bom e pouca
oposição. Tiveram que
tirar o pára-quedas, depois recolocar o que atrasou o salto,
que
deveria ser noturno mas acabou sendo diurno. A zona de salto era ruim
por ser estreita e com água dos dois lados, além
do vento estar forte.
Mesmo assim apenas um Ranger quebrou a perna e outro caiu na
água e
salvou o equipamento. Depois do salto usaram buldozers para limpar a
pista. Snipers mantinham os morteiros inimigos abaixados a 600-1000m. A
pista foi usada depois pelos MC-130 para deixar Jeeps e pegar feridos.
Os
Rangers tiveram mais oportunidades de realizar saltos de combate na
invasão do Panamá em 1989. Dois
batalhões formam lançados próximos a
base panamenha de Rio Rato. Foram levados em 15 C-130 e
lançados a
menos de 200m a noite sofrendo 35 baixas por ferimentos no salto devido
ao vento forte. Os primeiros C-130 tinham 65 Rangers em cada aeronave e
por isso nem tinham espaço para ir no banheiro na viagem de
sete horas
até o salto. Junto foram levados quatro Jeeps e quatro
motos. Apenas
duas aeronaves não foram atingidas por fogo
antiaéreo leve. Nos
treinamentos o salto é realizado a cerca de 400m mas pode
chegar a
200m. Os Rangers foram apoiados por helicópteros AH-6, AH-64
e
aeronaves AC-130. Blindados CG-150 que estavam próximos
foram logo
destruídos com LAW. Um Ranger foi arrastado por um
caminhão que fugiu e
agarrou seu pára-quedas. Foi parado com um LAW a 150m. O
comandante do
regimento foi responsável por cortar a energia da base ao
cair em cima
das linhas de energia sem se ferir, mas no meio da base inimiga. Para
abrir a porta de uma das casas de praia de Noriega também
usaram um LAW.
Outro
batalhão Ranger (Terceiro Batalhão), durante a
invasão do Panamá, tomou
a base aérea de Tocumen para desembarque posterior da 82a
Divisão.
Tiveram apoio de helicópteros AH-64 e aeronaves AC-130. O
salto dos 700
Rangers foi a menos de 200 metros com 19 feridos por atingir a pista
dura. Junto foram lançados 12 Jeeps e 12 motos. Um
batalhão costuma ter
2-3 feridos a noite com equipamento completo durante os treinamentos.
Já a 82a Divisão tomou a base aérea de
Torrijos com 2200 pára-quedistas
levados por 20 aeronaves C-141 junto com o lançamento de
oito carros de
combate leve Sheridan. Foram 50 feridos no salto. Depois receberam
helicópteros UH-60 para realizar assalto aéreo
pelo país.
As
operações aeroterrestres mais recentes foram no
Afeganistão e Iraque.
Em 2001 o Terceiro Batalhão dos Rangers foi usado para tomar
uma base
aére no Afeganistão com apoio dos CCTs da USAF.
Em 2003 a 173a Brigada
Aeromóvel fez um salto no norte Iraque para tomar uma base
aérea logo
no inicio das operações bem a frente do
avanço em terra. O salto foi
realizado devido a falta de bases que foram negadas pela Turquia.
O
Exército Brasileiro tem uma Brigada de Infantaria
Pára-quedista,
chamada de "a brigada", formada por três batalhões
de infantaria
pára-quedista, um esquadrão de cavalaria
pára-quedista, um grupo de
artilharia pára-quedista, duas companias de engenharia
pára-quedista e
1 batalhão logístico. As tropas são
todas voluntárias com 10% passando
pela seleção inicial.
A Brigada de Infantaria
Pára-quedista
tem uma compania de precursores com 134 tropas. Sua missão
é localizar,
reconhecer e balizar a zona de lançamento (ZL), e depois
auxiliar a
organização das tropas em terra após o
salto. Também são responsáveis
por operar zona de pouso (ZP) e zona pouso de helicóptero
(ZPH);
auxiliar na navegação; lançar,
desembarcar e reorganizar tropas e
material lançado; realizar patrulhas apos a conquista da
cabeça de
ponte aérea; levantamento meteorológico; e
controlador aéreo avançado.
Os precursores são treinados em
infiltração aquática e
aérea como
técnicas de HALO, HALO e mergulho.
Tropas
da Brigada Pára-quedista se preparando para um salto. Um
grupo de
pára-quedistas a ser lançados é
chamado de "stick", enquanto as tropas
para o movimento aéreo são chamados de "chalk".
Uma equipe de precursores
da Brigada Pára-quedista durante uma missão.
Notar os óculos para salto tipo HAHO/HALO.
TROPAS
PÁRA-QUEDISTAS NO OFP
O
OFP é um bom jogo para uso de tropas
pára-quedistas. Tropas e veiculos
para os saltos são o que não falta como Rangers,
tropas do VDV russos e
aeronaves como o C-130. Alguns addons e scripts permitem
lançar
veículos e blindados. Os BMD russos já
estão disponíveis no OFP. Alguns
MODs com a invasão 44 tem ilhas e tropas para simular
missões na
invasão da Normandia. Na verdade todas as tropas
lançadas das aeronaves
abrem seu pára-quedas automaticamente e não
precisam "vestir" um.
O
OFP aceita salto seguro a até 120m e já testei a
90 metros. É possível
mandar as aeronaves voarem mais baixo forçando o salto tipo
LALO. Um
bom exemplo de missão é colocar artilharia bem
alto para não atirar
para baixo e forçar a aeronave a voar baixo para simular uma
missão
como o salto na ilha de Granada pelos Rangers em 1983.
A
maioria das missões no OFP são contra
forças pouco potentes tipo
operações periféricas e não
ataques a linha de frente. As tropas
pára-quedistas são ideais nestas
missões mesmo já começando do solo. As
tropas reais geralmente fazem salto um pouco longe do e evitam atacar
diretamente (overhead assault) apesar de possível. Com altas
perdas
previstas em um overhead assault é bom ter AI no squad para
poder
continuar a missão devido a grande chance de morrer logo ao
chegar no
solo. No OFP as tropa atiram nos pára-quedistas caindo mas
não
conseguem atingir ou matar nunca.
Addons com o Support Pack
permite chamar caças para conseguir superioridade
aérea ou para
supressão de defesas. Depois pode chamar mais
pára-quedistas para
reforçar as tropas em terra e segurar o objetivo.
Missões
para tomar bases aéreas ou pontes já
estão disponíveis e algumas usam
tropas lançadas de pára-quedas. Também
existem missões como seqüestro e
assassinato onde é possível usar tropas
pára-quedistas. Para usar
tropas pára-quedistas para criar uma frente de combate ou
cabeça ponte
aérea precisa de forcas mais numerosas e com muitos AIs.
Como
na vida real os precursores devem estar presentes no local de salto com
marcadores de fumaça. A missão pode
até ser o uso de precursores
lançados com método HALO para marcar a
área de operação. O Armed
Assault deve permitir iniciar a operação como uma
marcação de zona de
salto com precursores e depois continuar a missão com tropas
pára-quedistas com o uso do "change caracter" com o jogador
podendo
trocar de tropa durante o jogo (no OPF só é
possível com o respawn no
grupo após morrer).
O site do ArmedAssault
Brasil
tem tropas tipo Comandos e pára-quedistas para estas
missões junto com
aeronaves para o saldo como o C-130, C-95 Bandeirante e
helicópteros de
todas as nossas Forças Armadas. As pequenas
operações do OFP lembram
mais incursões onde as tropas deveriam ser do tipo Comandos.
Estas
tropas pára-quedistas podem ser usadas como infantaria
convencional e
não só no salto como na vida real.
G-LOC
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